sábado, 30 de abril de 2011

PADRE ANTÔNIO VIEIRA

O padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608. Com sete anos vem para a Bahia; em 1623 entra para a Companhia de Jesus. Desde cedo destacou-se como pregador, salientando-se os sermões que proferiu por ocasião do cerco dos holandeses à cidade da Bahia. Ele representa, sem dúvida, a maior expressão da eloquência sacra de Portugal e um dos maiores escritores de seu século.

Retornando a Portugal, foi designado por D. João IV representante em importantes missões diplomáticas no exterior. Chefiou ainda missões jesuíticas no Brasil. Partiu, para Roma, onde seu talento oratório brilhou intensamente, tendo sido convidado pela rainha Cristina, da Suécia, que lá residia, para ser seu confessor. Em 1861, retira-se definitivamente para o Brasil, onde veio a falecer.

Pode-se dividir suas obras em:

• Profecias – constam de três obras: História do futuro, Esperanças de Portugal e Clavis prophetarum;
• Cartas – são cerca de 500 cartas;
• Sermões – são quase 200 sermões; Entre os quais destacam-se: Sermão da sexagésima (sobre a arte de pregar); Sermão pelo bom sucesso das armas (por ocasião da invasão holandesa, em 1640; Sermão de Santo Antônio (ou sermão dos peixes, em defesa do índio escravizado).

Trechos de suas obras:

Sermão pelo bom sucesso das armas

“[...] Não haverá Missas, nem altares, nem sacerdotes que as digam; morrerão os católicos sem Confissão nem Sacramentos; pregar-se-ão heresias nestes mesmos púlpitos, e em lugar de São Jerônimo e Santo Agostinho, ouvir-se-ão e alegar-se-ão neles os infames nomes de Calvino e Lutero [...].”

Nesse trecho do sermão, Vieira mostra as consequências que aconteceria se os holandeses (protestantes) invadissem o território baiano, eles destruiriam toda doutrina católica para implantar o protestantismo deixando os católicos sem praticar o seu credo.

Sermão da sexagésima

“[...] Mas dir-me-eis: Padre, os pregadores de hoje não pregam do Evangelho, não pregam das Sagradas Escrituras? Pois como não pregam a palavra de Deus? – Esse é o mal. Pregam palavras de Deus, mas não pregam a Palavra de Deus [...].”

Nesse trecho do sermão, o padre Antônio critica severamente os pastores por suas falhas no ato da pregação, já que estes estão para ser anunciar as Sagradas Escrituras, mas na maioria das vezes não o faz.

Para um maior conhecimento de seus escritos é interessante ler suas obras completas, podendo assim perceber a grandiosidade que se encontra em seus escritos.

Redigido por Luis Gustavo de Luz.
Aluno do Primeiro ano de filosofia do Seminário Maior.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

MALTRATANDO A LÍNGUA

Esta seção contém diversas imagens enviadas por usuários do Só Português. As fotos apresentam erros de ortografia e aparecem, em sua maioria, em anúncios e placas de todo o Brasil. Abaixo de cada imagem, não deixe de observar a grafia correta das palavras.

Absorvente


Cliente


Energético


Pedaço gelado


Tablete

Fonte: www.soportugues.com.br

terça-feira, 5 de abril de 2011

VARIEDADE SERGIPANA


Pão jacó: pão francês.

Perainda: junção dos termos espere e ainda. Quer dizer, fique esperando.

Avexada (o): com pressa.

Aquéte (aquiete) o faixo: usada para pedir que alguém contenha os ânimos, ou simplesmente que fique calma.

De hoje: Há muito tempo.

De hoje a oito: Daqui a uma semana.

Mulher: mesmo quando se sabe o nome da pessoa a expressão é utilizada repetitivamente em uma conversa.

Niuma (nenhuma): sem problema algum!

Fi (a) do cabrunco (fi lho do cabrunco): realça as qualidades de alguém, tanto positivas quanto negativas.

Botou pá (pra) lá: arrebentou, fez muito bem. Pode ser substituída pelas expressões ‘botar pá lascar’, ‘botar pá descer’, ‘botar pocando’.

Da gota: dá ênfase a algo/alguém muito bom ou ruim.

Pense: você nem imagina.

E foi?: demonstra surpresa em relação à história relatada.

Pegar o beco: ir embora.

Caçando: procurando.

Brenha: lugar muito distante.

Vixe: adaptação da palavra ‘virgem’, substituindo a expressão ‘Virgem Maria’.

Deixe de conversa: utilizado quando alguém não acredita, ou não quer acreditar, em uma história.

Azuado (a): cheio de tarefas a cumprir, estressado.

Meladinha: bebida feita com cachaça, cebola e tempero verde, servida tradicionalmente quando um bebê nasce. Muito comum em algumas zonas rurais do Estado.

Divera: derivada da expressão ‘de fato’, usada quando alguém se lembra de algo. Muito usada nas zonas rurais.

Rapaz: a palavra é usada para se referir a idosos, adultos, crianças, mulheres, moças e, por que não, a rapazes!

Avie (aviar): provavelmente derivada da palavra ‘avião’, é usada para pedir pressa a alguém.

Már menino (mas menino): expressão usada para discordar de algo.

Vou não: hábito dos sergipanos e nordestinos de forma geral, em colocar o verbo antes do advérbio

Mangando (mangar): apesar de estar no dicionário da língua portuguesa, apenas é utilizada na região Nordeste. Significa rir, tirar sarro.

À pulso: na marra, na força.

Arrodeou (arrodear): dar uma volta completa em torno de algo ou alguém.

Pois... : é uma espécie de palavra-chave no dialeto sergipano, principalmente na capital. É usada nas mais diversas situações: dúvida, discordância, desprezo, etc.

Me picar (se picar): ir embora. Surgiu da antiga expressão ‘picar a mula’.

Bora embora: A expressão secular foi se modificando: ‘vamos em boa hora’ se transformou em ‘vamos embora’, que virou ‘vambora’, que ainda foi diminuída a ‘bora. O sergipano usa a repetição ‘Bora embora’.

Painho: forma carinhosa de se referir ao pai e à mãe (mainha), típico dos nordestinos.

Tá cá peste (está com a peste): expressa a descrença em uma hipótese, quando não se acredita que alguém vai tomar determinada atitude.

Tototó: barcos de pequeno porte, muito utilizados em Sergipe antes da construção da ponte João Alves, que liga Aracaju à Barra dos Coqueiros. Recebeu esse nome pelo barulho que o motor emite.

Mô fi o (meu fi lho): gíria urbana, muito utilizada no tratamento entre amigos. O sergipano reduziu as duas palavras que, quando pronunciada, parece uma só.

Baba: partida de futebol descontraída, não oficial. Chamada de ‘pelada’ em outras regiões do país.

Nestante: abreviação da expressão ‘neste instante’. Apesar de dar ideia de presente, também é usada em frases no passado e no futuro.

Que só: expressão utilizada para dar ideia de intensidade.

Ruma: amontoado de coisas ou pessoas; o mesmo que ‘um monte’.

Barriar (barrear): fi car irritado, com raiva; em sergipanês, barriar também

pode ser ‘ficar azedo’.

Ochente: simplifi ca a expressão ‘Oh, gente!’ (Enviada pelo internauta Ubiratan ramos).

Óia [Olha], deixe dessa: aconselha a não fazer algo ou deixar de lado algum sentimento. Pode substituir as expressões “não faça isso” ou “não pense assim” (Enviada pelo internauta Carlos).

Valeime: usado em situações de espanto ou desespero (Enviada pela internauta Neide).

Arretado: serve para qualificar algo ou alguém positivamente (Enviada pelo internauta Raphael).

Gastura: aflição, mal estar (Enviada pela internauta Jucilane).

E foi, foi? : repetição utilizada pelos sergipanos para enfatizar a dúvida (Enviada pelo internauta Walter).

Eita pêga: expressão para momentos de desespero ou alegria. Ex: “Eita pêga, que coisa boa!”; “Eita pêga, o que eu faço agora?” (Enviada pelo internauta Walter).

Naonde: substitui, em alguns casos, o advérbio onde (Enviada pelo internauta Ademilton Costa).

Paia (de palha, como palhas de coqueiro): coisa, pessoa, situação de pouco valor. E, para variar, pode ser usado também em sentido positivo. (Enviada pela internauta Lili).

Fi do cranco: semelhante a ‘fio do cabrunco’ (Enviada pela internauta Lili).

Capar o gato: o mesmo que sair apressado, ‘pegar o beco’ (Enviada pela internauta Lili).

Uma: usada para quantificar, dar ideia de muita coisa ou muitas pessoas (Enviada pelo internauta Gervásio).

Eita gota: utilizada para demonstrar espanto, semelhante a ‘eita pêga’ (Enviada pelo internauta Gervásio).

Marroque: outra expressão para pão francês, assim como também são ‘pão d’água’, ´pão de sal’ e ´pão jacó’ (Enviada pelo internauta Gervásio).

Apois: expressa descrença (Enviada pela internauta Judith).

Viu: substitui o OK ou simplifica a palavra ‘ouviu’ (Enviada pelas internautas Márcia e Mony Grazielle).

Esmolé: pessoa que pede esmolas nas ruas (Enviada pelo internauta Cléveston lapa)

Caixa de fósforo: expressão que se dá quando o indivíduo está contando uma história e antes de terminar , ele usa a expressão porque não tem argumento para terminá-la. (Enviada pelo internauta Irineu).

Vôte: expressão usada mais pelos mais velhos, que quer dizer, que negócio estranho (Enviada pela internauta Carla Mendonça).

Baleio: farra, brincadeira (Enviada pela internauta Carol Amancio).

Pisadinha: passeata em tempos de campanha eleitoral (Enviada pela internauta Carol Amancio)

Ô peste: euforia, entusiasmo (Enviada pelo internauta Alexandre).

Pra caraio: dá ênfase a algo (Enviada pelo internauta Anselmo Bittencourt)

Mangelão: jamelão (Enviada pelo internauta Ricardo Pereira)

Fonte: http://www.infonet.com.br/sysinfonet/images/secretarias/Cultural/

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TIPOS DE ASSALTANTES


ASSALTANTE MINEIRO

“Ô sô, preste atenção. Isso é um assalto, uai! Levanta us baço e fi que quietim que é mió prucê. Esse trem na minha mão ta cheio de bala... Mió passá logo os trocado que eu num to bão hoje. Vai andando, uai! Chispa daqui!!! Ta esperando quê, sô?!”

ASSALTANTE CEARENSE

“Ei, bixim... Isso é um assalto! Arriba os braços e num se bula nem faça munganga... Passa vexado o dinheiro senão eu planto a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da molesta...”

ASSALTANTE BAIANO

“Ô meu rei... (pausa). Isso é um assalto... (longa pausa). Levanta os braços, mas não se avexe não... (outra pausa). Se num quiser nem precisa levantar, para num fi car cansado. Vai passando a grana, bem devagarzinho ( pausa pra pausa ). Num repara se o berro está sem bala, mas é para não fi car muito pesado (pausa maior ainda). Não esquenta, meu irmãozinho, (pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada.”

ASSALTANTE CARIOCA

“Aí, perdeu, meu irmão! É o seguinte, bicho! Isso é um assalto, sacô? Passa a grana e levanta os braço rapa ... Não fica de cão que eu te passo o cerol .... Vai andando e se olhar pra trás vira presunto...”

ASSALTANTE PAULISTA

“Isto é um assalto! Erga os braços! Porra, meu... Passa logo a grana, meu. Mais rápido mais rápido, meu, que eu preciso pagar o mano que me passo o bilhete para o jogo do curintia, meu. Pô, agora se manda, meu, vai... vai.”

ASSALTANTE GAÚCHO

“O guri, ficas atento... isso é um assalto. Levanta os braços e te aquieta, tchê ! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa os pilas pra cá ! Tri- legal! Agora, te manda, tá?”

Fonte: http://www.bacaninha.uol.com.br/home/mensagens/engracadas/2002/01/assaltantes_brasileiros/assaltantes_brasileiros.html