Pão jacó: pão francês.
Perainda: junção dos termos espere e ainda. Quer dizer, fique esperando.
Avexada (o): com pressa.
Aquéte (aquiete) o faixo: usada para pedir que alguém contenha os ânimos, ou simplesmente que fique calma.
De hoje: Há muito tempo.
De hoje a oito: Daqui a uma semana.
Mulher: mesmo quando se sabe o nome da pessoa a expressão é utilizada repetitivamente em uma conversa.
Niuma (nenhuma): sem problema algum!
Fi (a) do cabrunco (fi lho do cabrunco): realça as qualidades de alguém, tanto positivas quanto negativas.
Botou pá (pra) lá: arrebentou, fez muito bem. Pode ser substituída pelas expressões ‘botar pá lascar’, ‘botar pá descer’, ‘botar pocando’.
Da gota: dá ênfase a algo/alguém muito bom ou ruim.
Pense: você nem imagina.
E foi?: demonstra surpresa em relação à história relatada.
Pegar o beco: ir embora.
Caçando: procurando.
Brenha: lugar muito distante.
Vixe: adaptação da palavra ‘virgem’, substituindo a expressão ‘Virgem Maria’.
Deixe de conversa: utilizado quando alguém não acredita, ou não quer acreditar, em uma história.
Azuado (a): cheio de tarefas a cumprir, estressado.
Meladinha: bebida feita com cachaça, cebola e tempero verde, servida tradicionalmente quando um bebê nasce. Muito comum em algumas zonas rurais do Estado.
Divera: derivada da expressão ‘de fato’, usada quando alguém se lembra de algo. Muito usada nas zonas rurais.
Rapaz: a palavra é usada para se referir a idosos, adultos, crianças, mulheres, moças e, por que não, a rapazes!
Avie (aviar): provavelmente derivada da palavra ‘avião’, é usada para pedir pressa a alguém.
Már menino (mas menino): expressão usada para discordar de algo.
Vou não: hábito dos sergipanos e nordestinos de forma geral, em colocar o verbo antes do advérbio
Mangando (mangar): apesar de estar no dicionário da língua portuguesa, apenas é utilizada na região Nordeste. Significa rir, tirar sarro.
À pulso: na marra, na força.
Arrodeou (arrodear): dar uma volta completa em torno de algo ou alguém.
Pois... : é uma espécie de palavra-chave no dialeto sergipano, principalmente na capital. É usada nas mais diversas situações: dúvida, discordância, desprezo, etc.
Me picar (se picar): ir embora. Surgiu da antiga expressão ‘picar a mula’.
Bora embora: A expressão secular foi se modificando: ‘vamos em boa hora’ se transformou em ‘vamos embora’, que virou ‘vambora’, que ainda foi diminuída a ‘bora. O sergipano usa a repetição ‘Bora embora’.
Painho: forma carinhosa de se referir ao pai e à mãe (mainha), típico dos nordestinos.
Tá cá peste (está com a peste): expressa a descrença em uma hipótese, quando não se acredita que alguém vai tomar determinada atitude.
Tototó: barcos de pequeno porte, muito utilizados em Sergipe antes da construção da ponte João Alves, que liga Aracaju à Barra dos Coqueiros. Recebeu esse nome pelo barulho que o motor emite.
Mô fi o (meu fi lho): gíria urbana, muito utilizada no tratamento entre amigos. O sergipano reduziu as duas palavras que, quando pronunciada, parece uma só.
Baba: partida de futebol descontraída, não oficial. Chamada de ‘pelada’ em outras regiões do país.
Nestante: abreviação da expressão ‘neste instante’. Apesar de dar ideia de presente, também é usada em frases no passado e no futuro.
Que só: expressão utilizada para dar ideia de intensidade.
Ruma: amontoado de coisas ou pessoas; o mesmo que ‘um monte’.
Barriar (barrear): fi car irritado, com raiva; em sergipanês, barriar também
pode ser ‘ficar azedo’.
Ochente: simplifi ca a expressão ‘Oh, gente!’ (Enviada pelo internauta Ubiratan ramos).
Óia [Olha], deixe dessa: aconselha a não fazer algo ou deixar de lado algum sentimento. Pode substituir as expressões “não faça isso” ou “não pense assim” (Enviada pelo internauta Carlos).
Valeime: usado em situações de espanto ou desespero (Enviada pela internauta Neide).
Arretado: serve para qualificar algo ou alguém positivamente (Enviada pelo internauta Raphael).
Gastura: aflição, mal estar (Enviada pela internauta Jucilane).
E foi, foi? : repetição utilizada pelos sergipanos para enfatizar a dúvida (Enviada pelo internauta Walter).
Eita pêga: expressão para momentos de desespero ou alegria. Ex: “Eita pêga, que coisa boa!”; “Eita pêga, o que eu faço agora?” (Enviada pelo internauta Walter).
Naonde: substitui, em alguns casos, o advérbio onde (Enviada pelo internauta Ademilton Costa).
Paia (de palha, como palhas de coqueiro): coisa, pessoa, situação de pouco valor. E, para variar, pode ser usado também em sentido positivo. (Enviada pela internauta Lili).
Fi do cranco: semelhante a ‘fio do cabrunco’ (Enviada pela internauta Lili).
Capar o gato: o mesmo que sair apressado, ‘pegar o beco’ (Enviada pela internauta Lili).
Uma: usada para quantificar, dar ideia de muita coisa ou muitas pessoas (Enviada pelo internauta Gervásio).
Eita gota: utilizada para demonstrar espanto, semelhante a ‘eita pêga’ (Enviada pelo internauta Gervásio).
Marroque: outra expressão para pão francês, assim como também são ‘pão d’água’, ´pão de sal’ e ´pão jacó’ (Enviada pelo internauta Gervásio).
Apois: expressa descrença (Enviada pela internauta Judith).
Viu: substitui o OK ou simplifica a palavra ‘ouviu’ (Enviada pelas internautas Márcia e Mony Grazielle).
Esmolé: pessoa que pede esmolas nas ruas (Enviada pelo internauta Cléveston lapa)
Caixa de fósforo: expressão que se dá quando o indivíduo está contando uma história e antes de terminar , ele usa a expressão porque não tem argumento para terminá-la. (Enviada pelo internauta Irineu).
Vôte: expressão usada mais pelos mais velhos, que quer dizer, que negócio estranho (Enviada pela internauta Carla Mendonça).
Baleio: farra, brincadeira (Enviada pela internauta Carol Amancio).
Pisadinha: passeata em tempos de campanha eleitoral (Enviada pela internauta Carol Amancio)
Ô peste: euforia, entusiasmo (Enviada pelo internauta Alexandre).
Pra caraio: dá ênfase a algo (Enviada pelo internauta Anselmo Bittencourt)
Mangelão: jamelão (Enviada pelo internauta Ricardo Pereira)
Fonte: http://www.infonet.com.br/sysinfonet/images/secretarias/Cultural/
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